UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
ENSINO FUNDAMENTAL /SÉRIES INICIAIS
CLEIDINEIA SOUZA OLIVEIRA, GLEIVIA MACIA ROSA RODRIGUES SILVA, MARIA RITA DE OLIVEIRA REZENDE E PAULA FRANCINETE ROSA RODRIGUES
RELATÓRIO ALFABETIZAÇÃO
INTRODUÇÃO
O objetivo da atividade foi diagnosticar as hipóteses de escrita dos alunos, com intuito de promover atividades diferenciadas no propósito de entender o modo como às crianças organizam seus pensamentos durante a produção de leitura e escrita.
A atividade foi realizada na Escola Municipal Padre Cícero, situada no Bairro Silva Pereira. Esta instituição de ensino atende desde o segundo segmento da Educação Infantil até ao Fundamental I.
Escolhemos o 1º Ano do Ensino Fundamental I com 20 alunos, tendo como docente a professora Maria Rita de Oliveira Rezende.
A proposta de trabalho: levantamento das hipóteses, tabulação, seleção das duplas de trabalho e realização das atividades.
Planejamento
Atividade de Leitura e Escrita de uma parlenda conhecida.
Duração aproximada: 50 minutos
Objetivos:
Que os alunos possam pôr em jogo tudo que sabe e pensa sobre o sistema de escrita;
Estabelecer a relação entre o oral e a escrita;
Refletir quantas e quais letras fazem parte de cada palavra;
Interpretar a própria escrita e justificar para si mesma e para outros as escolhas feitas ao escrever;
Utiliza os conhecimentos convencionais das letras;
Utilizar estratégias de antecipação e checagem das letras;
Utilizar pistas indicadas pelo professor (Nomes de alunos como referência);
Discutir com o parceiro as escolhas feitas;
Ordenar as partes do texto ajustando o falado ao escrito;
Desenvolvimento:
Quem lembra da parlenda Rei Capitão?Vamos recitar?
Agora iremos realizar uma atividade com esse mesmo texto que acabamos de recitar.
Para que atividade aconteça de maneira organizada, estaremos dividindo a turma em várias duplas.
Possíveis Intervenções:
· Orientar as duplas a observarem todas as palavras que fazem parte da parlenda;
· Qual letra começa e termina com a palavra que você estar procurando?
· Leia a palavra que você encontrou.
· A palavra que você esta procurando começa igual a do seu colega?
· Quais letras fazem parte de tal palavra?
· Quantas letras precisará para formar a palavra (soldado, ladrão, coração, etc.)?
· Por que você escolheu essa letra?
Descrição da atividade
“Agrupar as crianças é uma estratégia importante na alfabetização, já que a troca de conhecimentos leva à reflexão sobre a escrita e faz todos avançarem”.
Tarso Augusto
A interação dos alunos em agrupamentos possibilita ao professor o desenvolvimento de atividades diferenciadas, considerando as hipóteses de aproximação para que haja reflexão sobre o sistema de leitura e escrita, facilitando o avanço dos sujeitos envolvidos.
Para a realização da atividade de Alfabetização proposta pela professora Geovana Zen, o grupo foi composto pelas professoras Cleidinéia Sousa Oliveira, Gleivia Macia Rosa Rodrigues Silva, Maria Rita de Oliveira Rezende e Paula Francinete Rosa Rodrigues. A principio fizemos a escolha das palavras a serem utilizada durante o diagnóstico a partir de uma perspectiva da psicogênese da língua escrita de Emilia Ferreiro e Ana Teberosky (1985), escolhemos as seguintes palavras: MARIPOSA, FORMIGA, URSO, RÃ e a frase A FORMIGA PICOU MEU PÉ.
Cada professora ficou responsável por cinco alunos para realizar o diagnóstico. Em seguida foi feita à tabulação das hipóteses para a escolha das duplas de trabalho. Percebemos que a quantidade de alunos com a hipótese pré-silábica que existia não dava para fazer o agrupamento mais sistematizado.
Por se tratar de alunos tranquilos quanto ao comportamento, a atividade transcorreu sem grandes conflitos. O único problema apresentado foi com dupla que fazia parte na mesma mesa de outra e não conseguiam se
entender então, achamos conveniente mudar de lugar.
No decorrer das atividades realizadas em duplas percebemos que os alunos enfrentaram incertezas quanto à escrita das palavras. A dupla de alunos alfabéticos agiram com mais independência, o que permitiu o nosso maior envolvimento com outras duplas que não compreendiam o sistema de escrita.
A participação dos alunos nas discussões durante atividade foi de extrema importância, houve um grande envolvimento nas parcerias de tal forma que surgiram algumas questões entre eles, principalmente quando apareciam algumas palavras complexas como: (SOLDADO, CORAÇÃO, LADRÃO, MOÇA, CAPITÃO).
Percebemos também as dificuldades que os alunos apresentam na hora de se expressar por escrito e de organizarem juntos suas idéias. Diante desse quadro buscamos incentivá-los a falar sobre suas dúvidas.
Segue abaixo alguns questionamentos feitos pelos discentes e docentes:
Atividade 1-Montagem com as palavras da parlenda.
Figura nº. 01-Arquivo Pessoal
Professora- “Procure a palavra REI”.
Clara – “A palavra rei começa com R?”.
Professora- “Você conhece outras palavras que começam com a letra R?”.
Clara- “Sim! O nome da minha professora Rita”.
Professora – “Fale outras palavras que começam com a letra R”.
Clara – “Rato e Riquelly”.
Professora – “E rei termina com qual letra?”
Clara- “Com a letra i”.
Professora – “Procure a palavra CAPITÃO entre as palavras”.
Adriele – “Esta aqui Capitão.”
Professora – “Porque você escolheu essa palavra?”.
Adriele - “Por que começa com a letra C”.
Atividade 2 – Montagem com as letras que fazem parte da parlenda.
Figura nº. 02-Arquivo Pessoal
Mateus - “Beatriz soldado é com L, mas o som é de U, essa palavra começa igual a sol que também termina com L”.
Beatriz: - Pensativa “Acho que é com U”.
Professora – “Beatriz, Mateus disse que escreve com L só que ele tem o som de U. E você porque você acha que é com U?”.
Beatriz- “Eu não sei, mas escrevo é com U”.
Neste momento entrei com algumas intervenções mostrei novas palavras com a mesma grafia para que pudessem chegar ao uma conclusão e ela percebeu que a palavra SOLDADO realmente começa como a palavra sol.
Atividade 3 – Montagem da parlenda com todas as letras do alfabeto.
Figura nº. 03-Arquivo Pessoal.
Gardinha-“ seleciona a letra inicial e afinal da palavra soldado e Danilo balançava a cabeça.
Professora- “Porque você está balançando a cabeça Danilo? Você acha que soldado começa com qual letra?”.
Danilo - “Hum! É a letra O!”.
Gardinha- “Não! S é de soldado (indicando o S para fazer a referencia sol e o “O” ao dado)”.
Professora – “Então vamos pensar na palavra leia aqui novamente, vamos começar por sol. Sol como é que escreve SO?”
Gardinha – “So é um S e um O”.
Danilo- “Eu não disse?”.
Professora – “E como é a escrita da palavra DADO?”
Gardinha – “È o D e O”
Considerações Finais
A contribuição do ensino e aprendizagem para o processo de alfabetização dos alunos vem se tornando cada vez mais sistematizado no espaço escolar.
As atividades mostram uma linguagem bastante individual com o uso de sua própria percepção e conhecimento. Entretanto, as hipóteses são importantes para fazer uma análise do nível de aprendizagem de cada aluno, mesmo fazendo uso de um conhecimento ainda não adquirido e aqueles que já estão em uma aquisição alfabética que eles possam pensar e repensar na sua escrita como forma de busca nos seus conhecimentos e tendo assim ajuda do seu parceiro de trabalho durante a atividade desenvolvida.
Conclui-se que as atividades experimentais estimulam a oralidade na argumentação do conhecimento de cada um e que a escrita é o resultado da leitura como possibilidades de pensar e discutir sobre o que escreveu diante de uma situação proposta, principalmente em parceria com seu colega. Cabe ao professor dar oportunidade ao docente para produzir texto mesmo sem adquirir a base alfabética.
Referências:
AUGUSTO, Tarso - Parceiro em ação-Revista Nova Escola. p.30.ed.especial. 22. Editora Abril, São Paulo 2009.
FERREIRO, Emilia. Desenvolvimento da Alfabetização: psicogênese. In: GOODMAN, Yetta M. (Org). Como as Crianças Constroem a Leitura e a Escrita: Perspectivas Piagetianas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995, p.22-35.
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
ENSINO FUNDAMENTAL /SÉRIES INICIAIS
CLEIDINEIA SOUZA OLIVEIRA, GLEIVIA MACIA ROSA RODRIGUES SILVA, MARIA RITA DE OLIVEIRA REZENDE E PAULA FRANCINETE ROSA RODRIGUES
RELATÓRIO ALFABETIZAÇÃO
INTRODUÇÃO
O objetivo da atividade foi diagnosticar as hipóteses de escrita dos alunos, com intuito de promover atividades diferenciadas no propósito de entender o modo como às crianças organizam seus pensamentos durante a produção de leitura e escrita.
A atividade foi realizada na Escola Municipal Padre Cícero, situada no Bairro Silva Pereira. Esta instituição de ensino atende desde o segundo segmento da Educação Infantil até ao Fundamental I.
Escolhemos o 1º Ano do Ensino Fundamental I com 20 alunos, tendo como docente a professora Maria Rita de Oliveira Rezende.
A proposta de trabalho: levantamento das hipóteses, tabulação, seleção das duplas de trabalho e realização das atividades.
Planejamento
Atividade de Leitura e Escrita de uma parlenda conhecida.
Duração aproximada: 50 minutos
Objetivos:
Que os alunos possam pôr em jogo tudo que sabe e pensa sobre o sistema de escrita;
Estabelecer a relação entre o oral e a escrita;
Refletir quantas e quais letras fazem parte de cada palavra;
Interpretar a própria escrita e justificar para si mesma e para outros as escolhas feitas ao escrever;
Utiliza os conhecimentos convencionais das letras;
Utilizar estratégias de antecipação e checagem das letras;
Utilizar pistas indicadas pelo professor (Nomes de alunos como referência);
Discutir com o parceiro as escolhas feitas;
Ordenar as partes do texto ajustando o falado ao escrito;
Desenvolvimento:
Quem lembra da parlenda Rei Capitão?Vamos recitar?
Agora iremos realizar uma atividade com esse mesmo texto que acabamos de recitar.
Para que atividade aconteça de maneira organizada, estaremos dividindo a turma em várias duplas.
Possíveis Intervenções:
· Orientar as duplas a observarem todas as palavras que fazem parte da parlenda;
· Qual letra começa e termina com a palavra que você estar procurando?
· Leia a palavra que você encontrou.
· A palavra que você esta procurando começa igual a do seu colega?
· Quais letras fazem parte de tal palavra?
· Quantas letras precisará para formar a palavra (soldado, ladrão, coração, etc.)?
· Por que você escolheu essa letra?
Descrição da atividade
“Agrupar as crianças é uma estratégia importante na alfabetização, já que a troca de conhecimentos leva à reflexão sobre a escrita e faz todos avançarem”.
Tarso Augusto
A interação dos alunos em agrupamentos possibilita ao professor o desenvolvimento de atividades diferenciadas, considerando as hipóteses de aproximação para que haja reflexão sobre o sistema de leitura e escrita, facilitando o avanço dos sujeitos envolvidos.
Para a realização da atividade de Alfabetização proposta pela professora Geovana Zen, o grupo foi composto pelas professoras Cleidinéia Sousa Oliveira, Gleivia Macia Rosa Rodrigues Silva, Maria Rita de Oliveira Rezende e Paula Francinete Rosa Rodrigues. A principio fizemos a escolha das palavras a serem utilizada durante o diagnóstico a partir de uma perspectiva da psicogênese da língua escrita de Emilia Ferreiro e Ana Teberosky (1985), escolhemos as seguintes palavras: MARIPOSA, FORMIGA, URSO, RÃ e a frase A FORMIGA PICOU MEU PÉ.
Cada professora ficou responsável por cinco alunos para realizar o diagnóstico. Em seguida foi feita à tabulação das hipóteses para a escolha das duplas de trabalho. Percebemos que a quantidade de alunos com a hipótese pré-silábica que existia não dava para fazer o agrupamento mais sistematizado.
Por se tratar de alunos tranquilos quanto ao comportamento, a atividade transcorreu sem grandes conflitos. O único problema apresentado foi com dupla que fazia parte na mesma mesa de outra e não conseguiam se
entender então, achamos conveniente mudar de lugar.
No decorrer das atividades realizadas em duplas percebemos que os alunos enfrentaram incertezas quanto à escrita das palavras. A dupla de alunos alfabéticos agiram com mais independência, o que permitiu o nosso maior envolvimento com outras duplas que não compreendiam o sistema de escrita.
A participação dos alunos nas discussões durante atividade foi de extrema importância, houve um grande envolvimento nas parcerias de tal forma que surgiram algumas questões entre eles, principalmente quando apareciam algumas palavras complexas como: (SOLDADO, CORAÇÃO, LADRÃO, MOÇA, CAPITÃO).
Percebemos também as dificuldades que os alunos apresentam na hora de se expressar por escrito e de organizarem juntos suas idéias. Diante desse quadro buscamos incentivá-los a falar sobre suas dúvidas.
Segue abaixo alguns questionamentos feitos pelos discentes e docentes:
Atividade 1-Montagem com as palavras da parlenda.
Figura nº. 01-Arquivo Pessoal
Professora- “Procure a palavra REI”.
Clara – “A palavra rei começa com R?”.
Professora- “Você conhece outras palavras que começam com a letra R?”.
Clara- “Sim! O nome da minha professora Rita”.
Professora – “Fale outras palavras que começam com a letra R”.
Clara – “Rato e Riquelly”.
Professora – “E rei termina com qual letra?”
Clara- “Com a letra i”.
Professora – “Procure a palavra CAPITÃO entre as palavras”.
Adriele – “Esta aqui Capitão.”
Professora – “Porque você escolheu essa palavra?”.
Adriele - “Por que começa com a letra C”.
Atividade 2 – Montagem com as letras que fazem parte da parlenda.
Figura nº. 02-Arquivo Pessoal
Mateus - “Beatriz soldado é com L, mas o som é de U, essa palavra começa igual a sol que também termina com L”.
Beatriz: - Pensativa “Acho que é com U”.
Professora – “Beatriz, Mateus disse que escreve com L só que ele tem o som de U. E você porque você acha que é com U?”.
Beatriz- “Eu não sei, mas escrevo é com U”.
Neste momento entrei com algumas intervenções mostrei novas palavras com a mesma grafia para que pudessem chegar ao uma conclusão e ela percebeu que a palavra SOLDADO realmente começa como a palavra sol.
Atividade 3 – Montagem da parlenda com todas as letras do alfabeto.
Figura nº. 03-Arquivo Pessoal.
Gardinha-“ seleciona a letra inicial e afinal da palavra soldado e Danilo balançava a cabeça.
Professora- “Porque você está balançando a cabeça Danilo? Você acha que soldado começa com qual letra?”.
Danilo - “Hum! É a letra O!”.
Gardinha- “Não! S é de soldado (indicando o S para fazer a referencia sol e o “O” ao dado)”.
Professora – “Então vamos pensar na palavra leia aqui novamente, vamos começar por sol. Sol como é que escreve SO?”
Gardinha – “So é um S e um O”.
Danilo- “Eu não disse?”.
Professora – “E como é a escrita da palavra DADO?”
Gardinha – “È o D e O”
Considerações Finais
A contribuição do ensino e aprendizagem para o processo de alfabetização dos alunos vem se tornando cada vez mais sistematizado no espaço escolar.
As atividades mostram uma linguagem bastante individual com o uso de sua própria percepção e conhecimento. Entretanto, as hipóteses são importantes para fazer uma análise do nível de aprendizagem de cada aluno, mesmo fazendo uso de um conhecimento ainda não adquirido e aqueles que já estão em uma aquisição alfabética que eles possam pensar e repensar na sua escrita como forma de busca nos seus conhecimentos e tendo assim ajuda do seu parceiro de trabalho durante a atividade desenvolvida.
Conclui-se que as atividades experimentais estimulam a oralidade na argumentação do conhecimento de cada um e que a escrita é o resultado da leitura como possibilidades de pensar e discutir sobre o que escreveu diante de uma situação proposta, principalmente em parceria com seu colega. Cabe ao professor dar oportunidade ao docente para produzir texto mesmo sem adquirir a base alfabética.
Referências:
AUGUSTO, Tarso - Parceiro em ação-Revista Nova Escola. p.30.ed.especial. 22. Editora Abril, São Paulo 2009.
FERREIRO, Emilia. Desenvolvimento da Alfabetização: psicogênese. In: GOODMAN, Yetta M. (Org). Como as Crianças Constroem a Leitura e a Escrita: Perspectivas Piagetianas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995, p.22-35.
2 comentários:
durante muito tempo alfabetizei de maneira tradicional,mas apõs varios estudos concluimos que a melhor forma de alfabetizar e deixar os nossos alunos criar argumentar e reformular suas proprias hipoteses de escrita e que somos meros interventores nestas argumentações e a partir dai e que ocorre o avanço na fase de escrita.usamos estas analises a quase 15 anos e vejo o crescimento dos meus alunos todos os dias.
atuo em turmas de educação infantil segundo periodo durante muitos anos e ainda as vezes sinto dificuldade no momento de redigir relatorios individuais de alunos ,pois tenho medo de me tornar repetitiva
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