quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Projeto Triângulo Digital


PROGRAMA DE FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES – MUNICÍPIO DE IRECÊ
CURSO DE PEDAGOGIA – ENSINO FUNDAMENTAL/SÉRIES INICIAIS
CICLO TRÊS – 2009.2
GEAC INCLUSÃO DIGITAL
Profs. Maria Helena S. Bonilla, Sule Sampaio e Ariston Eduão
Cursistas: Cleidineia Souza de Oliveira, Geralda Francisca Fernandes da Silva, Gleivia Márcia Rosa Rodrigues Silva, Maria Rita de Oliveira Rezende e Paula Francinete Rosa Rodrigues

PROJETO DE INCLUSÃO DIGITAL




Título: Triângulo Digital


Introdução:
Nos dias atuais, a sociedade vem passando por transformações que caminham para o período da pós modernização; portanto, da mesma forma que a alfabetização se constitui no processo de inclusão na linguagem escrita, as tecnologias são igualmente importante na construção de uma sociedade que visa vencer as barreiras das desigualdades sociais, buscando diminuir tais diferenças através da inclusão digital.
Diante dessa perspectiva, entendemos por inclusão digital o acesso permanente das diferentes tecnologias de informações e comunicações nas comunidades, de forma monitorada ou independente, que possa potencializar a cultura e a comunicação, quebrando assim as barreiras das desigualdades sociais. Silveira traz pontos relevantes, quando se discute, portanto a inclusão digital:

[...] podemos observar três focos distintos no discurso e nas propostas de inclusão. O primeiro, trabalha a inclusão digital voltada à ampliação da cidadania, buscando o discurso do direito de interagir e o direito a se comunicar por meio das redes informacionais. O segundo, focaliza o combate a exclusão digital como elemento voltado à inserção das camadas pauperizadas ao mercado de trabalho na era da informação [...].O terceiro, está voltado mais à educação. Reivindica a importância da formação sociocultural dos jovens, na sua formação e orientação diante de um dilúvio informacional, no fomento de uma inteligência coletiva capaz de assegurar a inserção autônoma do país na sociedade informacional ( SILVEIRA, 2001, p.434).

Na sociedade contemporânea, na qual estamos vivendo abre-se um leque de possibilidades para expressão e comunicação, com a implantação das cidades digitais que funcionam através da democratização do acesso em pontos estratégicos da cidade, viabilizando internet de ponta e baixo custo, criando assim uma rede de múltiplas informações e partilhas de saberes. Incluindo assim as camadas desfavoráveis no mundo de disseminação de conhecimentos, com o uso do software livre.


Justificativa:
Como Irecê está prestes a se tornar uma cidade digital é imprescindível pensarmos em políticas públicas de conexão que possibilitem o acesso à internet em alta velocidade visando à conexão e o acesso para a população ireceense, através do uso do software livre. Há uma grande mobilização por parte do poder público dessa cidade em se tornar em breve uma Cidade Digital. Desse ponto de vista Lemos esclarece que:

O objetivo é criar interfaces entre o espaço eletrônico e o espaço físico através de oferecimento de teleportos, telecentros, quiosques multimídia e áreas de acesso e serviços. Há inúmeras iniciativas no Brasil. O Ministério das Comunicações elaborou um Plano Nacional de Cidades Digitais para levar banda larga a todo o país (LEMOS, 2008).

Nessa perspectiva de Irecê se tornar uma cidade digital oferecendo assim oportunidades de acesso através da banda larga, escolhemos o bairro Silva Pereira que está localizado em uma zona periférica na cidade de Irecê, com aproximadamente 600 moradores, para implantação do Projeto Triângulo Digital.
Por se tratar de um bairro de baixa aquisição financeira as mazelas sociais aparecem de forma mais intensa, a saber: falta de lazer, prostituição e uso de entorpecentes, ficando a mercê da sociedade, gerando assim a discriminação social. O baixo poder aquisitivo faz com que eles não tenham o computador em casa, nem acessibilidade em ambientes como as lan houses e até mesmo no tabuleiro digital devido à distância.
Pensando em utilizar o espaço existente no bairro Silva Pereira, localizado na Rua Gregório de Matos ao lado da Igreja evangélica Assembléia de Deus, que tem sua dimensão espacial o formato de um triângulo de 45 metros quadrados.
O terreno deverá ser doado pela prefeitura Municipal de Irecê – Bahia, haja vista ser o único terreno existente de propriedade pública municipal, o que facilitará a construção e a implantação do prédio onde será feita a instalação do triângulo digital. Diante dessa realidade, este projeto visa criar possibilidades de inclusão digital.

Objetivos:

• Oferecer acesso à internet banda larga, de forma gratuita através do projeto Triângulo Digital.
• Orientar aos moradores quanto ao funcionamento e a utilização do espaço.
• Construir conhecimentos através do uso dos recursos tecnológicos.
• Desenvolver habilidades necessárias para o uso das tecnologias.
• Valorizar os patrimônios socioculturais adquiridos;
• Incentivar a comunidade a utilizar os mais variados ambientes de interação existente no espaço virtual.

Metodologia de implementação:

O projeto Triângulo Digital foi criado visando o atendimento da comunidade, de caráter público, voltado para o uso de software livre, integrado ao projeto cidade digital numa perspectiva de inclusão digital, assegurado pelo poder municipal.
De acordo com Silveira (2005, p.433), “o município é a unidade fundamental do poder público para a inclusão digital. Deve ser envolvido e ouvido, pois a manutenção e o sucesso dos programas de inclusão dependem do convencimento do poder local”.
Portanto, acreditamos que o sucesso da sustentabilidade desse projeto depende do poder executivo municipal, através de ações elaboradas via Associações Comunitárias dos Bairros Silva Pereira, Professora Hilda Vasconcelos e Loteamento Souza. Associações estas que vem desenvolvendo um trabalho comunitário, na perspectiva de buscar e implantar melhorias na área de tecnologias, sendo que a população beneficiada serão os moradores das comunidades supracitadas.
Cada pessoa permanecerá com acesso livre durante uma hora com as atividades desenvolvidas nos ambientes de interação, sendo auxiliados pelos monitores da própria comunidade capacitados pelo Ponto de Cultura. Podendo também garantir a participação da comunidade escolar através de subprojetos desenvolvidos pela escola.

Atividades:
• Apresentação da planilha de custos a secretaria de Infra-Estrutura.
• Apresentação do Projeto Triângulo Digital as associações comunitárias envolvidas no projeto.
• Execução da parte do projeto de construção pela a secretaria de obras.
• Inscrições para vagas de monitores, os candidatos devem ter os seguintes critérios:
1. Fazer parte das comunidades citadas acima;
2. Estar estudando;
3. Ter noções básicas de tecnologias;
4. Ter idade superior a 16 anos;
5. Documentos necessários como: CPF, RG e titulo de eleitor;
• Treinamento de instalação e manutenção aos monitores orientado pelo pessoal do Ponto de Cultura ;
• Organização pré-determinada dos horários de funcionamento;
1. Matutino das 8:00 às 11:30
2. Vespertino das 14:00 às 17:30
3. Noturno das 18:30 ás 21:30 ( para maiores de 16 anos )

• Atendimento aos moradores dos Bairros Silva Pereira, Professora Hilda Vasconcelos e Loteamento Souza;
• Organização e limpeza do espaço realizado por voluntários das associações.



Bibliografia:

BONILLA, Maria Helena Silveira. Inclusão digital nas escolas. In: Antonio Carlos Ferreira Pinheiro; Mauricéia Ananias. (Org.). Educação, direitos humanos e inclusão social: histórias, memórias e políticas educacionais. 1 ed. João Pessoa: Editora universitária da UFPB,2009, v. 2, p. 183-200.

LEMOS, A. L. M. . O que é Cidade Digital. Guia das Cidades Digitais, Rio de Janeiro, 10 fev. 2008.

SAMPAIO, Joseilda S. ; BONILLA, Maria Helena Silveira . Exclusão / inclusão: elementos para uma discussão. Liinc em Revista, v. 5, p. 133-146, 2009.

SILVEIRA, Sergio Amadeu. Inclusão digital, software livre e globalização contra-hegemônica. In:Seminário temático para 3ª Conferencia Nacional de C, T&I, num. 20, junho 2005.

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Graduanda em pedagogia e pós-graduanda em Educação Infantil